PUC-Campinas
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| Obra do BRT na Avenida das Amoreiras |
Agentes da Emdec atuam na área no período da manhã para organizar qualquer transtorno que venha a ocorrer durante as obras. De acordo com o secretário de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro, em entrevista por telefone, “os fiscais estão em operação todos os dias para controlar o trânsito, como por exemplo, autorizar ou não o trajeto nos sinais vermelhos nas regiões em obras”.
Anteriormente com seis faixas – quatro marginais para carros e veículos comerciais e de passeio, e duas centrais para as linhas de ônibus – a Amoreiras conta agora com apenas duas faixas marginais em funcionamento para comportar seu intenso fluxo diário, enquanto as centrais estão interditadas e foram praticamente desfeitas pelas obras.
Com a disponibilidade das únicas duas faixas em alguns trechos, as linhas de ônibus dividem espaço com os veículos comuns, o que interfere drasticamente no tráfego e, consequentemente, no tempo necessário para fazer o trajeto.
Os pontos de ônibus –antes localizados no corredor das faixas centrais– foram temporariamente transpostos para as marginais, fazendo com que as linhas tenham de literalmente parar o trânsito para receber e descer passageiros. Isso aumenta o tempo levado pelas pessoas para transitar na avenida e faz com que a população, usuária das linhas, tenha de alterar boa parte de suas rotinas no trânsito.
O Rapidão
O projeto do BRT, também conhecido como “Rapidão”, também engloba reformas paisagísticas, com jardins e nova iluminação. “As avenidas serão reurbanizadas e ficarão muito mais modernas”, diz o secretário Barreiro. “O projeto também irá valorizar o comércio e estabelecimentos localizados próximos ao BRT”, acrescentou.
A Avenida das Amoreiras faz parte de um dos três corredores BRT planejados – o corredor Ouro Verde, que terá quase 15 km de extensão. Ligada à Avenida João Jorge e à Avenida Rui Rodriguez, a Amoreiras é conhecida por seu tráfego já lento nos horários de pico, além de ser região de intensa atividade comercial.
A cidade recebeu recursos através do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento - Mobilidade Grandes Cidades, do governo federal, com um orçamento inicial de mais de R$ 549 milhões. Apesar de o custo final ter sido menor que o estimado (R$ 451 milhões), a Secretaria de Transportes recentemente adquiriu áreas até então pertencentes a outros proprietários para a construção do BRT, utilizando verba extraorçamentária.
O BRT faz parte do Plano Viário / Mobilidade de Campinas, que engloba projetos de infraestrutura nova ao sistema de trânsito da cidade. Posterior ao Rapidão há a ideia de inserir o sistema Bus Rapid Transit para o Aeroporto de Viracopos e o Terminal Ouro Verde, “como uma conexão mais rápida entre esses terminais e o centro da cidade”, afirmou o secretário Barreiro. O Plano Viário está programado e projetado até o ano de 2040.

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