quarta-feira, maio 01, 2019

Banco de leite de Itapira busca mães doadoras para bebês



A enfermeira Juliana Belinelo: "Tem mães que não
são doadoras por não saberem como funciona"
Lara Costa
PUC-Campinas

O Banco de Leite Humano de Itapira está buscando mais doadoras. Segundo Juliana Belinelo, responsável pela unidade, a quantidade de leite está abaixo do esperado: “Devido ao fato de nossa demanda ser muito grande, temos oferecido o leite pasteurizado não só para o hospital municipal, mas também para as Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) neonatal das santas casas de Mogi Mirim, de Mogi Guaçu e do hospital São Francisco de Mogi Guaçu. Tem mães que não são doadoras por não saberem como funciona. Outras acham que, se doar leite para o banco, vai faltar para o bebê delas. O processo de doação demanda tempo e disponibilidade da mãe”, destacou.

Saiba mais sobre doação de leite humano.

Como tentativa de reverter a baixa oferta, o banco tem promovido campanhas de incentivo à doação homenageando doadoras, conscientizando e esclarecendo a população sobre a importância de doar e como isso pode ser feito. Para quem se interessar em doar ou precisar dos serviços do banco de leite é só entrar em contato pelo Facebook (clique aqui), ou pelo telefone (19) 3913-9393 ou ainda ir até o hospital municipal de Itapira onde fica localizado o banco.

Nathália Cabral: "10 ml de leite
pode salvar vidas"
A lactante Nathália Cabral, que precisou e recebeu ajuda do banco afirma: “O banco de leite foi importante, pois me ensinou como amamentar, quais as posições para amamentar, e ainda me ensinou, de forma técnica, como funciona a produção de leite e a importância para o bebê. O banco de leite me ajudou quando meu leite ‘empedrou’. Elas foram muito importantes me explicando a forma correta de massagear, fazer compressa de água fria, ordenhar, podendo tanto armazenar o leite quanto doar. Ensinaram até a respeito de soluço e da temperatura corporal do bebê. No banco de leite ouvi que 10 ml de leite pode salvar vidas. Enquanto algumas mães têm leite sobrando, outras não. Fora as crianças que são rejeitadas pela mãe e que precisam muito desse suporte”, ressaltando a importância da doação.

O processo de doação é simples: “A gente fornece todo o material, os vidros esterilizados, touca e máscara e orientamos como fazer a coleta. Depois de uns dias entramos em contato, avisamos o setor de transporte, montamos a caixa térmica, e vamos buscar. Quando o leite chega aqui é identificado e depois vai para a pasteurização. E por fim, para que seja liberado esse leite a gente tem que fazer uma coleta de sangue da mãe, para a segurança de quem vai receber o leite “, explica a funcionária Alcione Vaz.

O Banco de Leite Humano integra a Rede Nacional de Bancos de Leite Humano do Ministério da Saúde. Foi fundado em 09 de março de 2001 e criado para atender as necessidades do Hospital Amigo da Criança, uma ação de parceria da UNICEF (Fundo Internacional de Emergência para a Infância das Nações Unidas) e da Organização Mundial da Saúde para incentivar e dar apoio, no ambiente hospitalar, ao aleitamento materno.

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