sábado, abril 06, 2019

A difícil luta pela inclusão dos autistas

Letícia Gabrielle Ferreira de Andrade.
PUC-Campinas

Comemorado mundialmente em 2 de abril, o dia internacional de conscientização do autismo visa conscientizar a respeito do Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma condição do desenvolvimento neurológico caracterizada por uma alteração da forma de comunicação social e pela presença de comportamentos repetitivos e estereotipados.

A auxiliar pedagógica Mayara Santana de Souza, de 24 anos, trabalha com crianças autistas no Instituto ZOOM, localizado na cidade de Salto. “Cada autista em si tem sua individualidade, gostos muito diferenciados e seguem sua rotina, um padrão diário. Às vezes sentem muita dificuldade em expressar o que almejam.  Mas isso não os tornam diferentes, apenas com gostos peculiares, alguns possuem estereotipias, ecolalia, e assim faz com que ‘chame’ mais a atenção das pessoas”, diz.

A interação e imersão no convívio social dos indivíduos portadores do transtorno é de extrema importância já na fase inicial da vida, pois isso facilita no desenvolvimento comunicativo da criança.

A comunicação com a pessoa autista é um dos desafios do relacionamento. Segundo Mayara Souza: “existem alguns que não verbalizam, e muitos pensam que pelo fato de não verbalizarem pode interferir no diálogo. Porém pode-se dialogar com um autista não verbal por diversas maneiras como desenhos, códigos, até mesmo usando a escrita, pois muito deles são alfabetizados e possuem o conhecimento da língua mãe.”

Sobre a falta de conscientização que pode gerar desconhecimento, bullying e preconceitos, a auxiliar pedagógica diz que por mais que a mídia tenha aumentado a quantidade de informação acerca do assunto, “ infelizmente ainda existem pessoas que enxergam o autista com um olhar diferenciado” e que as piadas de mau gosto envolvendo o transtorno pode causar atraso no desenvolvimento desse indivíduo”, conclui.

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