PUC-Campinas
O número de praticantes de corridas de rua cresceu 63% no Estado de São Paulo nos últimos 4 anos. Passou de 566 mil em 2013 para 922 mil adeptos em 2017. Os dados são da Federação Paulista de Atletismo. O número de corridas anuais também aumentou: passou 323 para 435 no mesmo período, uma expansão de 35%
Em Americana Cicero José da Silva, aposentado e organizador de eventos no município de 200 mil habitantes, diz que no município há pelo menos 8 corridas anuais e o número de participantes gira em torno de 350 a 1,2 mil pessoas.
A grande maioria das pessoas entram na corrida com o objetivo de emagrecer, porém terminam descobrindo que emagrecer é somente um dos benefícios que o esporte pode trazer na vida do corredor. É o caso da atleta, Roseli Santos de 43 anos: “a gente tem que buscar uma qualidade de vida melhor pra nós. O grupo em si é muito animado, temos um círculo de amizade muito bom e isso aí foi essencial pra eu começar, assim como meu marido também: nós dois começamos juntos e estamos juntos nessa. E senti muita diferença na minha vida, principalmente e nossa disposição é bem maior para o trabalho, pra rotina diária da nossa vida. Além disso, eu consegui emagrecer 10 quilos. Antes eu tinha dificuldade e a aparência melhora né? É uma alegria diferente que a gente sente.”
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O grupo Bora lá de Americana |
O grupo que Roseli cita é o “Bora lá”, comandado pelo professor João Simões, de 37 anos. Começou há cerca de um ano e meio e desde então vem aumentando o número de participantes: “o que me impressiona é que se encontram pessoas de todas as faixas etárias, desde o mais novo ao mais velho, isso me deixa muito feliz com o projeto”, comenta João.
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Seu Osmar |
O mais velho do Bora lá é o Seu Osmar, de 64 anos, ele é um exemplo para os mais novos “Eu sinto que o pessoal se espelha muito em mim, pela minha determinação, por tudo o que eu faço. Eu não falto, eu gosto de estar no meio do pessoal e acho que motiva bastante a galera mais jovem", disse.
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Jully |
No outro lado há Jully Silva, de 14 anos. Ela é a mais nova do grupo, porém isso não atrapalha seu desempenho, muito pelo contrário. Jully começou por acaso para acompanhar a mãe. Hoje é a maior vencedora do grupo, colecionando troféus e pódios: “Ela fazia aulas de ginástica com o professor João e sempre pedia pra eu acompanhar. Hoje não consigo me ver sem correr.” E ela pretende seguir carreira no esporte? Ela ainda não sabe, mas acha a ideia interessante: “Não sei ainda, mas talvez sim, ainda é muito cedo pra pensar nisso. Mas eu gosto da ideia, principalmente depois que comecei a ganhar algumas provas, eu me senti mais competitiva”, completa Jully.
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