PUC-Campinas
Segundo dados do Centro de Referência de Campinas, o número de denúncias e violações de direitos humanos em razão da orientação sexual e/ou identidade de gênero aumentou em 712% entre 2002 a 2018.
Desde a sua criação o Centro de Referência LGBT de Campinas registra denúncias de casos de LGBTfobia na região metropolitana, totalizando 2.853 queixas nos últimos 16 anos. No período de 2002 a 2018, foram registrados um crescimento de 712% do número de casos relatados. Em 2002 eram 41 denunciantes, já em 2018 eram 333.
Essa situação de violência não é percebida por alguns integrantes da comunidade LGBT+. É o caso, por exemplo de Tiago Putti, de 35 anos, um dos secretários do coletivo LGBT Socialista Campinas, que afirma nunca ter passado por nenhuma situação de agressão física ou verbal, e não ter medo de caminhar pelas ruas em horários de baixa movimentação. “Eu me percebi homossexual desde criança, por volta dos 6 anos, mas não sabia o que era isso, por isso deixei de lado. Na adolescência tive maior clareza, mas não queria ser assim. Depois dos 20 anos iniciei formação para padre e tive acesso à filosofia e psicologia, que me ajudaram bastante. Depois saí do seminário com minha sexualidade bem resolvida, e hoje estou casado há 6 anos”, concluiu.
Ainda de acordo com a ONG Grupo Gay da Bahia, no ano passado, 420 pessoas LGBT+ morreram vítimas da violência, sendo 320 (76%) homicídios e 100 (24%) suicídios. Dessas 420 vítimas, 45% eram gays, 77% tinham até 40 anos. Os números também apontam que 58% eram brancos e profissionais do setor terciário e de prestação de serviços, 29% desses foram mortos com armas de fogo, 49% dos casos ocorreu na rua e apenas 6% dos criminosos foram identificados, de acordo com a ONG.
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