PUC-Campinas
Estação Cultura recebeu a Feira Afro Mix |
Simone Botelho, de 38 anos, em sua primeira vez como expositora, diz ter gostado do evento. É autora do livro “Aqui no Morro tem Princesa Sim!”. O que a levou a escrever o livro foi a falta de princesas negras. E diz que a criança negra questiona essa falta de princesas negras em livros. A história do livro é de uma menina de 10 anos, negra e de periferia, uma princesa de escola de samba que se dedica para conquistar as coisas.
A escritora Simone Botelho exibe seu livro |
Ilcéi Mirian Oliveira, umas das organizadoras do evento |
A Feira Cultural Afro Mix completa 15 anos em novembro e contará com surpresas. A organizadora, Ilcéi Oliveira, destaca ter várias ideias, como trazer novamente pessoas que já estiveram no palco, mas que não pode adiantar nada; pois irão se reunir para definir, após o evento, o que leva tempo. "Gostamos de inventar moda, temos que celebrar esses 15 anos de Afro Mix e celebrar com o público”. Ailton Graça já esteve no evento em 2016. E nesses 15 anos diz já ter saído casamento de pessoas que se conheceram lá.
A ideia da feira é apresentar todos os povos e mostrar esse mix, essa mistura de etnias, raças, religiões. Não deveria ter nenhum tipo de intolerância. Incentivamos que as pessoas conheçam suas origens, ancestralidade, que estudem. O povo negro é cobrado muito mais então precisa focar na educação e conhecimento da própria cultura. O evento tem por objetivo passar essa mensagem, de união, é um evento para todos, um dia para a diversão. E acrescenta sobre a importância do respeito, e que é um lugar público que sempre devemos mantê-lo em ordem.
Gabryela Guimarães, de 26 anos já participou da feira em 2017, e trabalha com a venda de turbantes, acessórios. Ela destaca: “só consigo encontrar os tecidos em uma loja, existem determinadas épocas que tenho dificuldade de encontrá-los, como vêm de fora, demora para chegar, e acrescenta que o público não está acostumado com o tipo de tecido, por isso não está disponível em grande escala.
Chef Pekeno e Ana Paula Quirino no preparo da feijoada angolana |
Desde 2001, defendendo políticas públicas e de igualdade social, o Órgão da Prefeitura de Campinas, conta com o centro de referência para atendimento de vítimas de racismo ou preconceito religioso. O coordenador Sergio Max Almeida Prado, de 41 anos, diz existir muitos casos, envolvendo infelizmente crianças e jovens em fase de escola. Ele ainda ressalta que trabalham com palestras, rodas de conversas para o auxílio.
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