sábado, maio 11, 2019

Mostra "Tarsila Popular" atrai milhares de pessoas ao Masp

Carolina Barela de Castro
Puc-Campinas


Obras de Tarsila na mostra do Masp
O Masp (Museu de Arte de São Paulo) realiza, desde o dia 5 de abril, a exposição “Tarsila Popular”, em homenagem à artista plástica Tarsila do Amaral (1886 – 1973), um dos principais expoentes do modernismo nacional. O museu espera mais de 250 mil visitantes até o fim da mostra, em 28 de julho.

Para Vitoria Artave, de 20 anos, poder ver obras tão importantes para a arte brasileira é uma experiência única, que todos deveriam buscar ter. Além disso, muitas das obras de Tarsila não estão mais presentes no Brasil, por isso, “Tarsila Popular” oferece uma rara chance de poder vê-las e apreciá-las em um único lugar.

A mostra reúne diversas obras da artista, podendo ser vista como uma das mais amplas exposições acerca da carreira dela. Divida em “setores”, que não precisam obrigatoriamente serem seguidos em uma ordem cronológica, Tarsila Popular pode proporcionar uma nova análise e visão sobre as obras da artista.

A primeira obra que deparamos na mostra é a tela “A negra” (1923) ao lado de “Autorretrato” (1923), pinturas em que são possíveis ver semelhanças entre a posição corporal das figuras representadas.

A exposição continua para o setor de nus, onde é vista “A Boneca” (1928). Em seguida, o setor em que mostram obras criadas pelos impactos das viagens realizadas por Tarsila pelo Brasil, como "Carnaval em Madureira" (1924) e "Palmeiras" (1925) — obras onde facilmente se nota a presença de elementos nacionais, como as cores das bandeiras ou paisagens tipicamente brasileiras.

Logo a seguir é a vez da abordagem de temas populares, dentre eles a religiosidade, nesse setor da exposição encontra-se a obra “Religião Brasileira” (1927), que retrata altares comumentes presentes dentro de casas e igrejas mineiras.

No último setor da exposição, talvez o mais esperado pelos visitantes, é mostrada a abordagem de temas sociais que a inspiraram. Dentre as obras estão “Abaporu” (1928), a mais icônica de Tarsila e de grande importância para o desencadeamento do Movimento Antropofágico, “Antropofagia” (1929), que une elementos de duas obras da artista (“A Negra” e “Abaporu”) e “Operários” (1933), marcada por uma diversidade étnica e racial e feita por Tarsila após uma viagem à Rússia, onde teve contato com a arte praticada na Rússia soviética.

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