Daniel Caravetti
PUC-Campinas
![]() |
| Vista do bairro Ana Carolina, em Valinhos: expansão demográfica |
Há 39 anos, a cidade possuía 32,7 mil habitantes por km² e
atualmente essa quantidade é de quase 83 mil. O valor atual, inclusive, é muito
próximo do que a maior cidade da RMC, Campinas, apresentava no ano de 1980. O
município que dá nome à Região Metropolitana, entretanto, mostrou um aumento
condizente com o Estado de São Paulo, 76%.
Para o docente extensionista da PUC-Campinas Cristiano
Monteiro da Silva, que é doutor em Ciências Sociais, existem motivos que
explicam essa diferença no aumento da densidade demográfica de Valinhos em
relação à média do Estado: “A densidade demográfica depende muito da linha de
desenvolvimento da cidade. No caso de Valinhos, à primeira vista, percebemos
que se caracteriza muito pela atividade de dormitório. Muitas pessoas apenas
moram lá e trabalham em cidades vizinhas, inclusive Campinas ou até mesmo São
Paulo. Isso pode explicar esse aumento”, disse.
O professor também ressaltou que essa
migração pode estar muito ligada à localização do município de Valinhos. “É uma
cidade que está muito próxima às cidades mais desenvolvidas do Estado e, além
disso, proporciona um bom acesso de transporte através das melhores rodovias do
país. Portanto, quem mora em Valinhos pode se deslocar rapidamente para estes
centros, para a realização de atividades profissionais ou procura de melhores
oportunidades de emprego”, afirmou.
Os moradores de Valinhos sentem esse aumento durante o seu
dia-dia, como é o caso do aumento de congestionamentos na cidade, em razão do
também maior número de veículos nas ruas. Apenas nos dez últimos anos, o
aumento da frota veículos foi de 37%, de 62 mil automóveis em 2009, para quase
100 mil em 2019.
Questionado se o fenômeno é bom ou ruim para um município, o
professor Cristiano Monteiro da Silva explicou que tal situação depende de
muitos outros quesitos. Confira a resposta no áudio abaixo.

Nenhum comentário:
Postar um comentário