PUC-Campinas
O fotógrafo Gabriel Chiarastelli, de 34 anos, mora em Campinas e atua na profissão há 14 anos. Durante sua carreira, já visitou vários países incluindo Angola e Moçambique, ambos do continente africano. Após a passagem do Ciclone Idai em Beira (Moçambique), Chiarastelli teve a iniciativa de desenvolver um projeto humanitário que consiste na venda de quadros fotográficos que expressam o cotidiano e a identidade do povo moçambicano. O projeto, chamado “Devolva o sorriso a Moçambique”, tem como objetivo arrecadar recursos financeiros para os sobreviventes da tragédia, que deixou mais de 1000 mortos e mais de 1 milhão de pessoas desabrigadas, sem água e comida.
O fotógrafo Gabriel Chiarastelli em Moçambique |
“Devolva o sorriso a Moçambique” foi viabilizado em parceria com a “Coragem para Tudo”, uma plataforma de confecção e venda online de quadros e prints, que foi responsável pela produção e operação (impressão, moldura, comercialização e logística) de todos os quadros. Cerca de 100 cópias foram vendidas e o valor líquido arrecadado será destinado à missões humanitárias que visam a reconstrução das cidades afetadas.
Alfai Antônio Armando Alfândega |
Alfândega relata que a destruição na cidade de Beira e Vila de Buzi foi grande, dados da UNICEF apontam que 1,6 milhão de crianças precisam de assistência humanitária e 2 bilhões de pessoas enfrentam graves riscos à saúde por conta da falta de água. “Muitas pessoas perderam seus familiares, casas, sua produção agrícola e alimentos. A minha família perdeu casa e seus bens. Muita gente está no abrigo e sem comida. Além disso, agora vem a pior fase: as doenças. Um mês depois já se registam cerca de 2500 casos de cólera, que causaram muitas mortes, além de inúmeros casos de malária”, afirmou o moçambicano.
Assim como Chiarastelli, Alfândega soube da tragédia pelas redes sociais e pelas mídias brasileiras. O jovem moçambicano afirma que o ciclone destruiu muitas estruturas, por isso, a cidade de Beira ficou sem sinal de telefone e energia, “para falar com os meus familiares demorei 2 semanas. Foi um tempo difícil, parecia uma eternidade”, disse.
Apenas seis semanas após a passagem do ciclone Idai, outro ciclone devastou Moçambique na última quinta-feira, 25 de abril, deixando ao menos 3 mortos e cerca de 30 mil pessoas tiveram que deixar suas casas para se protegerem do ciclone Kenneth. Apesar da situação atual do país, Chiarastelli e Alfândega pretendem voltar a Moçambique ainda esse ano para levar recursos e ajudar as cidades que foram atingidas.
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